quinta-feira, 30 de junho de 2016



Simplicidade

Ela visitava com os olhos tantas paisagens belas, nos simples momentos enxergava coisas incríveis.
Contava que por vezes passava em frente a um belíssimo lago, de onde podia ver o ceu de forma maior, cheio de nuvens com diversos formatos, via pássaros voando quase que por cima das águas clarinhas do lago, um barco em pedaços, um castelo ao longe, um barco a vela... Contou de um velho homem, com seu chapéu marrom, de macacão vermelho e caminha branca, correu para o barco, pegou uma vara de pescar, fitou o lago, e começou a se mover, fantasiando uma bom velejo e pescaria.
Ela não sabe por quanto tempo ficou ali, olhando para tudo aquilo, imaginando o velho homem, velejando por entre mares imensos, chamando a seus homens que continuem seguindo a rumos desconhecidos, para o o encontro de novas coisas, mas saiu dali, mais uma vez extasiada com o que seus olhos podiam ver, mesmo na simplicidade das coisas, pessoas, dos momentos...

Lúria Stael









quarta-feira, 29 de junho de 2016


Bolhas de sabão


Onde estará aquela infância bonita, onde bolhas de sabão provocavam tantos sorrisos?

Lúria Stael

quarta-feira, 15 de junho de 2016


Bailar das folhas ao vento

Das imagens que trago no peito 
  Uma maior me enche de gratidão
                     Das árvores deixando que suas folhas bailem 
                      Para retribuir ao vento o toque de suas mãos.


Lúria Stael









Gentileza que busca e se dá

É preciso que sejamos todas as gentilezas, que desejamos receber.

Lúria Stael 







Do abraço 

  Tem gente que é abraço, mesmo sem abraçar.

Lúria Stael 



quinta-feira, 9 de junho de 2016



A ternura nos gestos simples

Prefiro as coisas simples, mas que são feitas com tanta ternura que se tornam perfeitas.

Lúria Stael


Do silêncio que fala

Há pessoas que até no silêncio nos enchem de palavras, verdades, consolo, poesia.
     Mas há aqueles que nada nos oferecem, mesmo quando gritam sua presença.


Lúria Stael 



Degustando palavras

Ouço a melodia que emana de minhas linhas escritas, então me sinto viva, florida, cheia de reticências...

Lúria Stael





Carinho doado

Coisa bonita é carinho doado
Sem precisar ser cobrado
É surpresa na madrugada
Abraço que chega e expulsa a saudade.

Coisa bonita é palavra amiga
Quando o coração está apertado
É quando nos enchem de esperanças
quando nada mais resta.

Coisa bonita é quando oferecem colo para nossas angústias
Quando pensamos que ninguém mais nos entende
E num repente, nos surpreendem com um gesto, com uma flor, 
um bilhete, ou uma palavra que cura.

Coisa bonita é flagrar nosso corpo
Clamando por outro corpo
Nossa alma, por outra alma
Nossa face, por outra face e olhar

Coisa bonita é nossa memória
Fazendo-nos reviver momentos bons de outrora
Trazendo-nos recordações que pensávamos que 
nem estavam mais ali, dentro de nós.

Coisa bonita é degustar o toque do vento
É a reciprocidade dos versos sentidos
É amar e ser amado, dar e receber, ser e permitir que sejam
Coisa bonita é sentir as belezas da vida, das pessoas, dos sentimentos...

Lúria Stael


quarta-feira, 8 de junho de 2016


A beleza dos pequenos gestos

Ouvindo uma história sobre uma garotinha que amassando seu narizinho sobre a vitrine de uma loja, vê com um brilho nos olhos azuis, um colar de turquesa azul, entra na loja e pede para vê-lo. Diz que é para sua irmã e pede que o dono da loja faça um embrulho bem bonito. O dono da loja desconfiado, pergunta quanto de dinheiro ela tem, a garotinha sem hesitar tira do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós, colocou-o sobre o balcão e feliz perguntou: Isso dá?
Eram apenas algumas moedas que ela exibia orgulhosa. Disse que queria dar o presente para a irmã mais velha, pois desde que a mãe morreu, ela cuidava de todos sem ter tempo para ela e que o colar de turquesa azul, combinaria com seus olhos azuis. 
O homem foi para o interior da loja, colocou o colar em um estojo, embrulhou com um vistoso papel vermelho e fez um laço caprichado com uma fita verde.
Tome! – disse para a garota. Leve com cuidado. Ela saiu feliz saltitando pela rua abaixo.                     Ainda não acabara o dia quando uma linda jovem, de cabelos loiros e olhos azuis, adentrou a loja, colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho desfeito e indagou, se o colar tinha sido comprado lá e quanto custou.                                                                                                                                       
Ah!, falou o dono da loja. O preço de qualquer produto da minha loja é sempre um assunto confidencial entre o vendedor e o cliente. A moça continuou: Mas minha irmã tinha somente algumas moedas! O colar é verdadeiro, não é? Ela não teria dinheiro para pagá-lo!  O homem tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e devolveu a jovem, falando:
-Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar. Ela deu tudo o que tinha.
Fiquei pensando na beleza dos pequenos gestos, do carinho, na beleza da gratidão. Quantas vezes não agradecemos àquelas pessoas que nos fizeram tanto bem na vida, as que ainda fazem, que de um jeito bonito iluminam nossas vidas, nos dão colo, um colinho quente, que alivia as mais ásperas dores. Que com palavras tão simples fazem florir os bordados de alegria das nossas almas, que enxugam nossas lágrimas, ou fazem com que elas escorram, lavando todas as impurezas que restaram daquela tristeza, trazendo calmaria.   
Esta é uma grande lição! É preciso agradecermos mais, levarmos às pessoas amadas e queridas, a reciprocidade dos versos sentidos, levarmos as palavras de afeto recebidas, o amor, o carinho doados. 
É preciso abraçarmos com toda a força daquele abraço que recebemos no dia em que nossos corações estavam feridos, é preciso olhar mais, enxergar as pequenas coisas do outro, que nem sempre são reveladas,só assim, poderemos doar, agradecer e sentir a beleza dos pequenos gestos. 
Sejamos agradecidos, mas  não esqueçamos de também dar o primeiro passo. Sejamos também beleza.                                                                                                            
Lúria Stael 


terça-feira, 7 de junho de 2016



Do nosso julgar


Só podemos julgar aquilo que carregamos dentro de nós, o resto é âmbito desconhecido, é incerteza, peças de um quebra cabeça no qual possuímos apenas o que querem que possuamos. Muitas vezes faltam partes, a forma completa para visualizarmos antes que se esvaia a paciência, carinho e até mesmo compreensão de juntarmos tudo aquilo em uma só imagem. 
Perdemos nosso equilíbrio, nos distanciamos de quem amamos por tão pouco, somos tão falhos e mesmo assim exigimos que o outro não seja. 
Bom seria se não julgássemos nada e ninguém, por nossos próprios conceitos de vida, pelo que esperamos do outro, temos de ser mais brandos com nosso olhar de ''perfeição'' ao ver as pessoas. Não estamos aqui para satisfazer parte alguma, estamos aqui para ser quem somos e fazer o bem, fazer o outro se sentir humano, perdoarmos quantas vezes forem possíveis, voltarmos atrás no orgulho e ressentimento que nos impede constantemente de sermos felizes, fazer tudo do melhor jeito, mesmo sabendo que poderemos ser julgados alheios a verdade com que agimos.

Lúria Stael




















Quisera...


Quisera saber cantar como passarinhos
Felizes por terem seus ninhos
Sorrir como a chuva a lavar o mundo
Correr atrás dos sonhos como se fossem tudo


Quisera ser como a mais bela árvore frondosa
Cheias de tantos detalhes, ser pra sempre uma surpresa
Como a cada dia trás o sol iluminando as nuvens
Trazendo em todo nascer, o mais belo parabéns

Quisera pode ter asas como de um falcão
Para sair por aí a voar, distribuindo afeição
Onde não há mais amor, nem sonhos
E tornar os passantes mais risonhos
Lúria Stael